quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Lava-Jato: crônica de um fatiamento anunciado


Lava-Jato: crônica de um fatiamento anunciado. Ou: Eu bem que avisei! Ou: Obsessões e erros da força-tarefa começam a cobrar seu preço. E pode até ser a impunidade!

Juiz Sérgio Moro


23/09/2015  às 21:12

Este é um dos textos mais importantes publicados neste blog desde que começou a Lava-Jato. Há evidências que, a despeito de toda a gritaria e das injúrias e difamações, têm de aguardar o concurso do tempo. Não gosto, como brasileiro, do que vou escrever. Mas não escondo que se trata de um vitória intelectual contra os espadachins da reputação alheia. De resto, demonstro o que escrevo.
*
Os ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello bem que tentaram resistir, mas perderam: por 8 votos a 2 — Luiz Fux estava ausente —, o Supremo Tribunal federal decidiu “fatiar”, como se está dizendo, um dos desdobramentos da Operação Lava Jato. O caso da senadora petista Gleisi Hoffmann (PT-PR) sai das mãos de Teori Zavascki, relator do petrolão, e vai para as de Dias Toffoli. O tribunal também decidiu que a parte da investigação que diz respeito a Alexandre Romano, ex-vereador do PT, migra de Sérgio Moro para a Justiça Federal de São Paulo.

O caso em si não teria grande importância se não se estivesse enxergando aí um precedente. A acusação contra Gleisi e Romano, que estariam envolvidos num caso de corrupção no Ministério do Planejamento que só veio à luz por causa das delações premiadas do Lava-Jato, não tem conexão direta com os desvios da Petrobras, embora haja operadores comuns.

Abre-se a partir de agora, é claro!, a possibilidade de que casos conexos ao petrolão — como o eletrolão, por exemplo — saiam das mãos de Zavascki, indo para as de outros ministros do Supremo se o política tiver foro especial, e saiam das mãos de Sérgio Moro para outros juízes federais se o investigado não o tiver.

Mendes foi duro. E alertou:


“Essa é uma questão de grande relevo, se não, não haveria disputa no âmbito desta corte. No fundo, o que se espera é que processos saiam de Curitiba e não tenham a devida sequência em outros lugares. É bom que se diga em português claro”.

Não estou surpreso com a decisão e duvido que Mendes esteja. E vou dizer por quê. Essa operação já nasceu fatiada e de um modo um tanto heterodoxo. Mais de uma vez, vimos o juiz Sérgio Moro parar um depoimento para que a pessoa ouvida não citasse um político com mandato, o que o obrigaria a mandar o caso para o STF. Para manter a investigação sob sua jurisdição, orientava o depoente a não citar nomes de políticos. Apontei aqui a heterodoxia e afirmei que acabaria dando problema um dia.
Estudo para escrever as coisas. Não vou tirando tudo da cachola ou do fígado. No dia 4 de fevereiro — há sete meses — escrevi um dos posts a respeito. Nele se lia:

“Todas as ações penais que correm na 13ª Vara Federal de Curitiba estão atreladas a uma tese: as empreiteiras formaram um cartel para corromper ‘agentes públicos’ na Petrobras. Os nomes dos políticos com mandato eventualmente envolvidos nas falcatruas são enviados ao Supremo Tribunal Federal pelo Ministério Público.
(…)
“Resta evidente, a esta altura, que, no meio da sem-vergonhice, houve de tudo: caixa dois de campanha, roubalheira pura e simples, ladrão roubando ladrão… Sabem como é… Ocorre que o que se dava na Petrobras era uma das pontas de um projeto de poder. E, tudo o mais constante, as coisas caminham para uma outra conclusão: um grupo de empreiteiros gananciosos resolveu usar a estatal para maximizar lucros, corrompendo agentes públicos. Com todo respeito, é história da carochinha.”

Nesse mesmo texto de 4 de fevereiro, escrevi:



"Qual é o outro problema dessa leitura? Ignora-se a natureza do jogo. Já chamei aqui a atenção para este risco e o faço de novo: está começando a se perder de vista a evidência de que havia — ou há — uma inteligência política no gigantesco esquema de fraude que operava na Petrobras e, infiro a exemplo de qualquer pessoa razoável, em outras áreas também.

Dada a forma como as coisas caminham até aqui, quem ainda acaba livrando a cara no fim da história é o PT. Insisto: é pura fantasia — se não for condução da investigação — a suposição de que se pode separar a ação das empreiteiras do esquema político ao qual elas serviam — e, sim, do qual se serviam.

Se os delatores e testemunhas estivessem dando nome e sobrenome de políticos, é possível que tudo tivesse de ser enviado ao Supremo, mas a narrativa seria mais compatível com a realidade."

 
Retomo

Sempre tive claro que se tratava de uma organização criminosa a serviço de um projeto de poder. Está lá. Faz tempo. Uns tontos chegaram a inferir que eu estava tentando proteger empreiteiros. É… Vai ver eles pagam as minhas contas, né? Tenham paciência! Ao tentar evitar o fatiamento, Rodrigo Janot, procurador-geral da República, escreve agora: “Não estamos investigando empresas nem delações, mas uma enorme organização criminosa que se espraiou para braços do setor público”.

É mesmo? A avaliação chega um pouco tarde. Até porque o procurador-geral escolheu um procedimento — decorrente de uma leitura torta do petrolão — que foi apontado com precisão cirúrgica por Zavascki:


“A procuradoria. por opção estratégica ou processual que lhe era permitida fazer, fez essas solicitações de fatiamento, de abertura de inquéritos diferentes aqui e no primeiro grau [instância inferior]. Quando se pede fatiamento, se entende ausência de conexão. E relativamente ao delito maior de investigação sobre o dito esquema de distribuição de benesses em troca de apoio político, o Ministério Público pediu que fosse aberto inquérito especial. Se for falar em continência ou conexão de fatos que pediu competência isolada, não devia estar em primeiro grau, mas aqui”.

Pronto! Matou a pau! Gilmar Mendes e Celso de Mello, em seus respectivos votos, alertam, sim, para o risco de fragmentação da investigação, de sorte que vários juízos acabarão dando sentenças distintas em razão, muitas vezes, dos mesmos crimes. 

Mas como é que se fabricou esse resultado?


A imprensa, na sua maioria rendida ao Ministério Público e convertida em porta-voz da força-tarefa, não vai apontar o erro crasso cometido. E não é o do Supremo. Mas ele existiu e agora cobra o seu preço. EU CHAMEI A ATENÇÃO PARA ISSO EM FEVEREIRO.

Se a tese era a de que houve um cartel de malvados que deveria ser investigado em Curitiba e de que políticos com mandato deveriam ser enviados a Brasília — ignorando, então, que o que se tinha era uma máquina organizada para assaltar o poder público em nome de um projeto de poder —, estão reclamando de quê?

Não gosto do resultado, não! Nos meus estreitos limites, de simples analista, chamei a atenção para o risco. Mas sabem como é… Tornou-se proibido apontar erro do MP ou do juiz Sérgio Moro. Sempre resta a suspeita de que você está a serviço da impunidade. Ainda agora, com a provável exceção deste blog, o STF está sendo acusado de estar acabando com a operação, como já acusou um procurador.

Não está acabando, é claro! Mas esse resultado foi causado pelas teses triunfantes em Curitiba.

Os resultados começam a aparecer.


Por Reinaldo Azevedo





terça-feira, 15 de setembro de 2015

O Ajuste no governo do Aécio/PSDB

 O Ajuste no governo do Aécio/PSDB


(Nota: o título acima é do autor deste blog. Armínio Fraga seria o ministro da Fazenda, caso Aécio Neves vencesse as eleições em 2014)

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Respostas à altura da crise 

Por Armínio Fraga, 

Ex-presidente do BC, analisa as medidas a serem tomadas após rebaixamento do grau de investimento do país






Com frequência se diz por aí que nunca se viu situação econômica tão ruim quanto a atual. Discordo. Entre 1982 e 1993, a “década perdida” do caos da hiperinflação e da moratória externa, o Brasil amargou queda na renda por pessoa de cerca de 1% ao ano!

Mas o Brasil vive hoje sim uma crise grave, que escancara as consequências do modelo político e econômico atual. Este se caracteriza pela captura, agigantamento, incompetência e falência do Estado. Captura por interesses partidários e privados, que sem qualquer escrúpulo montaram não um, mas dois enormes esquemas de corrupção voltados para sua preservação no poder e enriquecimento pessoal. Agigantamento, pois o gasto público se aproxima de 40% do PIB, número elevado, especialmente para um país de renda média.

Incompetência por não entregar os serviços de qualidade que a sociedade demanda, apesar dos recursos despendidos. Falência pela perda da disciplina fiscal, fator que pesou na recente perda do grau de investimento, com destaque para a admissão pelo próprio governo de sua incapacidade de manter um superávit primário capaz de evitar a explosão da dívida pública. Estamos em maus lençóis, pois não há na História caso de país que tenha se desenvolvido plenamente sem um Estado decente, eficaz e solvente.

Outras características do atual modelo econômico incluem um elevado grau de dirigismo, um claro desprezo pela eficiência em geral, e pelo mercado em particular, um relativo isolamento do mundo, uma má alocação do capital (em boa parte feita pelos bancos públicos), políticas setoriais mal desenhadas, um sistema tributário complexo, que distorce e encarece a atividade empresarial, e um aparato regulatório desprestigiado e, em alguns casos, mal tripulado. Não surpreendentemente, a produtividade da economia vem sofrendo bastante.

As consequências disso tudo, em boa parte previsíveis, estão aí, visíveis a olho nu: juros estratosféricos, incerteza elevada, baixo investimento (especialmente em infraestrutura), profunda recessão e, o que é pior, uma economia incapaz de crescer. Os impactos sociais já se fazem sentir e tendem a se agravar. A esta altura, não se pode descartar a hipótese de que o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff seja o início de uma nova década perdida.

Esta crise requer um tratamento proporcional ao seu tamanho. Isso não tem sido possível em função de barreiras ideológicas e de incompetência, além das naturais dificuldades de um governo corrigir algo feito por si mesmo, e da crise política que deve perdurar.

Não surpreende, portanto, que a atual resposta à crise não venha obtendo bons resultados, limitando-se, na prática, a alguma austeridade fiscal, ao aperto monetário (posto que a inflação está há tempos bem acima da meta), à liberação de preços e ao anúncio de algumas boas reformas, no geral não implantadas. Ao mesmo tempo, medidas irresponsáveis do ponto de vista fiscal vêm sendo aprovadas, como o Plano Nacional de Educação (tema crucial, solução inadequada) e a revogação do fator previdenciário. Ademais, a queda nos preços das exportações e as paralisantes implicações de curto prazo da mais do que bem-vinda Lava-Jato agravam ainda mais o quadro.

Com o intuito de ajudar a mapear os desafios no campo econômico, e sem ilusões quanto à superior importância da política em fazer as opções certas e conduzir o processo, listo abaixo dois conjuntos de respostas à crise. Se posto em prática, o primeiro sinalizaria o entendimento do Executivo e do Legislativo quanto à gravidade da situação. O segundo lista algumas questões mais fundamentais para que o Brasil volte a crescer e se desenvolver. As dificuldades de se efetuar um ajuste fiscal rápido são bem conhecidas: recessão, rigidez do gasto e a já elevada carga tributária. Acredito que uma forma de se ganhar tempo e afetar positivamente as expectativas seria compensar um inevitável gradualismo no ajuste com medidas que afetem positivamente a solvência do país a longo prazo. Outro campo fértil é o lado da produtividade, de natureza mais microeconômica, que merece bem mais espaço do que o que tenho aqui hoje.

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Medidas emergenciais:


- Metas de saldo primário de 1%, 2% e 3% do PIB para os próximos três anos, baseadas em premissas realistas e receitas recorrentes (as metas atuais não estão sendo cumpridas e, de qualquer forma, são insuficientes).

- Aprovação da idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de homens e mulheres (para gerações futuras) e reaprovação do fator previdenciário.

- Desvinculação do piso da Previdência do salário mínimo (essa vinculação é cara e regressiva).

- Introdução de um limite para a dívida bruta do governo federal como proporção do PIB.

- Reforma do PIS/Cofins e ICMS já proposta, acrescida da unificação e simplificação das regras do ICMS (por muitas razões, inclusive a integração interna do país).

- Mudança das regras trabalhistas também na mesa (onde o negociado se sobrepõe à lei).

- Aumento da integração do Brasil ao mundo (um primeiro passo seria transformar o Mercosul em zona de livre comércio).

Sem algo nesta linha, a crise deve se aprofundar e alongar.

Medidas mais fundamentais relativas ao Estado:


- Discussão sobre o tamanho e as prioridades do Estado (requer limite ao crescimento do gasto, o que, por sua vez, demanda as reformas abaixo).

- Fim de todas as vinculações e adoção de um orçamento base zero (sem prejuízo de espaços plurianuais, nunca permanentes).

- Meritocracia e a boa gestão no setor público.

- Revisão da cobertura da estabilidade do emprego no setor público.

- Revisão do capítulo econômico da Constituição (adotar a economia de mercado. Qualquer interferência do Estado deverá ser justificada e seus resultados, posteriormente avaliados).

Sem algo nesta linha, o Brasil dificilmente se desenvolverá de maneira plena.


Fonte:  
http://oglobo.globo.com/economia/respostas-altura-da-crise-2-17476976#ixzz3loDOvlpb ,publicado em 13/09/2015 no JORNAL O GLOBO

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Alzheimer pode ser infectocontagiosa, diz estudo



Alzheimer pode ser infectocontagiosa, diz estudo

(Tradução do GOOGLE)


As "sementes" da doença de Alzheimer pode ser transmitido a partir de uma pessoa para outra durante determinados procedimentos médicos, os cientistas descobriram.

Um estudo sobre pessoas que morreram de uma espécie separada de doença cerebral depois de receber injeções de hormônio do crescimento humano sugere que a doença de Alzheimer também pode ser uma doença transmissível.

Os resultados têm levantado dúvidas sobre a segurança de alguns procedimentos médicos, possivelmente incluindo transfusões de sangue e tratamento odontológico invasivo, que pode envolver a transferência de tecidos contaminados ou de equipamentos cirúrgicos.

A investigação demonstrou pela primeira vez em seres humanos que a doença de Alzheimer pode ser uma infecção transmissível que poderia ser inadvertidamente passou entre pessoas.

Os cientistas enfatizaram que a nova evidência ainda é preliminar e não deve impedir ninguém de ter a cirurgia. Eles também enfatizaram que não é possível "apanhar" a doença de Alzheimer, vivendo com alguém com a doença.

No entanto, os resultados de um estudo em oito pessoas que receberam injeções de hormônio do crescimento, quando foram crianças levantaram a possibilidade inquietante de que a doença de Alzheimer pode ser transmitida sob certas circunstâncias, quando os tecidos infectados ou instrumentos cirúrgicos são passados ​​entre os indivíduos.

Os cientistas enfatizaram que a nova evidência é ainda preliminares (AFP) Os cientistas enfatizaram que a nova evidência é ainda preliminar (AFP)
Até agora, pensava-se que a doença de Alzheimer ocorreu apenas como resultado de herdar certas mutações genéticas que causam a versão familiar da doença, ou de eventos "esporádicos" aleatórios dentro do cérebro de idosos, disse o professor John Collinge, chefe de doenças neurodegenerativas em University College London.

"O que precisamos considerar é que, além de não ser doença de Alzheimer esporádica e hereditária ou doença de Alzheimer familiar, poderia também ser adquirido formas de doença de Alzheimer", disse o professor Collinge.

"Você poderia ter três maneiras diferentes que você tem essas sementes de proteínas geradas em seu cérebro. Ou eles acontecem espontaneamente, um evento azarado como você idade, ou você tem um gene defeituoso, ou que você tenha sido exposto a um acidente médico. Isso é o que nós estamos hipotetizando ", disse ele.

"É importante ressaltar que isto se relaciona com uma situação muito especial onde as pessoas foram injetados essencialmente com extratos de tecido humano. Em nenhuma maneira estamos sugerindo que a doença de Alzheimer é uma doença contagiosa. Você não pode pegar a doença de Alzheimer, vivendo com ou cuidar de alguém com a doença ", acrescentou.



Os oito adultos, com idade entre 36 e 51 anos, todos morreram da doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD) depois de receber injeções de hormônio contaminados como crianças. Mas autópsias em seus cérebros também revelou que sete dos quais alimentava as proteínas deformadas associadas com as fases iniciais da doença de Alzheimer. É inédito para pessoas nesta faixa etária apresentar tais proteínas.

Os cientistas não encontraram os "tau" emaranhados de proteínas associadas com os estágios mais avançados da doença, o que significa que os sete indivíduos não têm full-blown doença de Alzheimer, embora eles podem muito bem ter desenvolvido tivesse eles não morreram de CJD, Professor Collinge disse .

O estudo, publicado na revista Nature, eliminou outras possíveis razões para a presença destes chamados proteínas beta-amilóide (A-beta) e chegou à conclusão de que eles foram provavelmente transmitida como proteína "sementes" no growth- injeções de hormônio.

As perguntas permanecem sobre se essas sementes de proteína também pode ser transmitida em instrumentos cirúrgicos utilizados em outras operações. Está bem estabelecido que as proteínas priões por trás da CJD e de Alzheimer aderir a superfícies de metal e pode sobreviver procedimentos de esterilização extremas, tais como a limpeza a vapor e formaldeído.

Há também a questão de saber se a doença de Alzheimer pode ser transmitida nas transfusões de sangue, uma vez que experimentos com animais mostraram que isso seja possível.

"Não está claro aqui que esta é relevante para as transfusões de sangue, e estudos epidemiológicos têm sido feitos no passado à procura de ligações entre a doença e transfusões de sangue de Alzheimer e eles não têm mostrado uma associação", disse o professor Collinge.

"Certamente com vCJD, que é a forma de DCJ associada à doença da vaca louca, há infectividade encontrado no sangue e houve quatro casos documentados no Reino Unido de vCJD de um doador de sangue, que passou a obter vCJD, por isso, pode ocorrer ", disse ele.

Falando em uma conferência de imprensa, o professor Collinge acrescentou: "Certamente existem riscos potenciais em odontologia, onde é que têm impacto sobre o tecido nervoso, tais como tratamentos de raiz-canal e precauções especiais são tomadas por essa razão ... Se você está especulando se A- sementes beta são transmitidas a todos os instrumentos cirúrgicos por um teria que considerar se certos tipos de procedimentos odontológicos podem ser relevantes. "

Mas em um comunicado divulgado mais tarde, o Dr. Collinge esclareceu que mais pesquisas eram necessárias antes que qualquer conclusão pode ser tirada sobre quaisquer riscos potenciais em tratamentos médicos ou dentários atuais.

"Nossos resultados referem-se à circunstância específica de injeções de hormônio do crescimento humano derivados de cadáveres, um tratamento que foi interrompido há muitos anos", disse ele.


"É possível nossas descobertas podem ser relevantes para alguns outros procedimentos médicos ou cirúrgicos, mas avaliar o risco, se for o caso, pode haver requer muito mais pesquisa. Nosso banco de dados atual não tem qualquer influência sobre a cirurgia dental e certamente não argumentam que a odontologia representa um risco de doença de Alzheimer. "

Entre 1958 e 1985 cerca de 1.848 pessoas na Grã-Bretanha, a maioria crianças, receberam injeções de hormônio de crescimento feitas a partir de dezenas de milhares de glândula pituitária homogeneizadas derivadas de cérebros de cadáveres humanos.

O NHS mudou para hormônio de crescimento sintético em 1985, quando os cientistas perceberam que o hormônio derivado-hipófise poderia ser uma rota para a transmissão de CJD. Até 2000, havia 38 casos conhecidos de CJD "iatrogênica" resultante de injeções de hormônio do crescimento no Reino Unido, mas este número é susceptível de aumentar ainda mais por causa do período de incubação excepcionalmente longa da doença.

Dos sete pacientes que tiveram os primeiros sinais da doença de Alzheimer, quatro tinham depósitos graves da proteína beta-amilóide, três tinham depósitos moderados e um tinha vestígios.

Dame Sally Davies, Diretor Médico do Governo, minimizou a importância da pesquisa de ontem dizendo que era um pequeno estudo em apenas oito amostras.

Os resultados levantam questões sobre alguns procedimentos cirúrgicos (AFP) Os resultados levantam questões sobre alguns procedimentos cirúrgicos (AFP)
"Não há evidência de que a doença de Alzheimer pode ser transmitida em humanos, nem há qualquer evidência de que a doença de Alzheimer pode ser transmitido através de qualquer procedimento médico," disse Dame Sally.

"Eu posso tranquilizar as pessoas que o SNS tem procedimentos extremamente rigorosos no lugar para minimizar o risco de infecção de equipamentos cirúrgicos, e os pacientes são muito bem protegida", ela acrescentou.

John Hardy, professor de neurociência na UCL, disse: "Acho que pode ser relativamente certeza de que é possível transmitir amilóide patologia pela injeção de tecidos humanos que contêm o amilóide da doença de Alzheimer. Será que ela tem implicações para transfusões de sangue? Provavelmente não, mas isso definitivamente merece investigação epidemiológica sistemática. "

Doug Brown, diretor de pesquisa da Sociedade do Alzheimer, disse: "Embora estes resultados são interessantes e merecem uma investigação mais aprofundada, há muitas incógnitas neste pequeno estudo observacional de oito cérebros para tirar quaisquer conclusões sobre se a doença de Alzheimer pode ser transmitido esta caminho.

"As injeções de hormônio do crescimento tirados de cérebros humanos foram parados na década de 1980. Resta absolutamente nenhuma evidência de que a doença de Alzheimer é contagiosa ou pode ser transmitida de pessoa para pessoa através de quaisquer procedimentos médicos atuais ".

O que é um prião?

A doença de Alzheimer é agora considerado uma "doença de príon". Os príons, abreviação de partículas infecciosas proteicas, são proteínas deformadas que carregam a capacidade de desencadear novas proteínas para misfold, levando a doenças debilitantes do cérebro, tais como CJD em humanos, EEB em bovinos e scrapie em ovinos.

Os príons são únicos em ser um agente infeccioso sem quaisquer genes, ao contrário dos vírus ou bactérias. Eles são extremamente tenaz, que adere a superfícies metálicas de instrumentos cirúrgicos e sobreviver às temperaturas elevadas e agentes químicos que matam os micróbios e vírus infecciosos.

Stanley Prusiner, da Universidade da Califórnia, cunhou a palavra prion no início de 1980 e seu trabalho pioneiro sobre os levou a um Prêmio Nobel em 1997.

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Texto Original em inglês

The “seeds” of Alzheimer’s disease may be transmitted from one person to another during certain medical procedures, scientists have found.

A study into people who died of a separate kind of brain disease after receiving injections of human growth hormone suggests that Alzheimer’s may also be a transmissible disease.

The findings have raised questions about the safety of some medical procedures, possibly including blood transfusions and invasive dental treatment, which may involve the transfer of contaminated tissues or surgical equipment.

The investigation has shown for the first time in humans that Alzheimer’s disease may be a transmissible infection which could be inadvertently passed between people.

Scientists emphasised that the new evidence is still preliminary and should not stop anyone from having surgery. They have also stressed that it is not possible to “catch” Alzheimer’s by living with someone with the disease.

However, the findings of a study into eight people who were given growth hormone injections when they were children have raised the disturbing possibility that Alzheimer’s can be transmitted under certain circumstances when infected tissues or surgical instruments are passed between individuals.

Scientists emphasised that the new evidence is still preliminary (AFP) Scientists emphasised that the new evidence is still preliminary (AFP)
Until now, it was thought that Alzheimer’s occurred only as a result of inheriting certain genetic mutations causing the familial version of the disease, or from random “sporadic” events within the brain of elderly people, said Professor John Collinge, head of neurodegenerative diseases at University College London.

“What we need to consider is that in addition to there being sporadic Alzheimer’s disease and inherited or familial Alzheimer’s disease, there could also be acquired forms of Alzheimer’s disease,” Professor Collinge said.

“You could have three different ways you have these protein seeds generated in your brain. Either they happen spontaneously, an unlucky event as you age, or you have a faulty gene, or you’ve been exposed to a medical accident. That’s what we’re hypothesising,” he said.

“It’s important to emphasise that this relates to a very special situation where people have been injected essentially with extracts of human tissue. In no way are we suggesting that Alzheimer’s is a contagious disease. You cannot catch Alzheimer’s disease by living with or caring for someone with the disease,” he added.

The eight adults, aged between 36 and 51, all died of Creutzfeldt-Jakob disease (CJD) after receiving contaminated hormone injections as children. But autopsies on their brains also revealed that seven of them harboured the misfolded proteins associated with the early stages of Alzheimer’s disease. It is unheard of for people in this age group to have such proteins.

The scientists did not find the “tau” protein tangles associated with the later stages of the disease, which means the seven individuals did not have full-blown Alzheimer’s, although they may well have developed it had they not died of CJD, Professor Collinge said.

The study, published in the journal Nature, eliminated other possible reasons for the presence of these so-called amyloid-beta (A-beta) proteins and came to the conclusion that they were most probably transmitted as protein “seeds” in the growth-hormone injections.

Questions remain about whether these protein seeds could also be transmitted on surgical instruments used in other operations. It is well-established that the prion proteins behind CJD and Alzheimer’s stick to metal surfaces and can survive extreme sterilisation procedures such as steam cleaning and formaldehyde.

There is also the question of whether Alzheimer’s disease could be passed on in blood transfusions, given that animal experiments have shown this to be possible.

“It is not clear here that this is relevant to blood transfusions, and epidemiological studies have been done in the past looking for links between Alzheimer’s disease and blood transfusions and they have not shown an association,” Professor Collinge said.


Speaking at a press conference, Professor Collinge added: “Certainly there are potential risks in dentistry where it is impacting on nervous tissue, such as root-canal treatments and special precautions are taken for that reason... If you are speculating whether A-beta seeds are transmitted at all by surgical instruments one would have to consider whether certain types of dental procedures might be relevant.”

But in a statement issued later, Dr Collinge clarified that more research was needed before any conclusions could be drawn about any potential risks in current medical or dental treatments.

“Our findings relate to the specific circumstance of cadaver-derived human growth hormone injections, a treatment that was discontinued many years ago,” he said.


“It is possible our findings might be relevant to some other medical or surgical procedures, but evaluating what risk, if any, there might be requires much further research. Our current data has no bearing on dental surgery and certainly does not argue that dentistry poses a risk of Alzheimer’s disease.”

Between 1958 and 1985 some 1,848 people in Britain, mostly children, received growth hormone injections made from tens of thousands of homogenised pituitary glands derived from the brains of human cadavers.

The NHS switched to synthetic growth hormone in 1985 when scientists realised that pituitary-derived hormone could be a route for transmitting CJD. Up to 2000, there were 38 known cases of “iatrogenic” CJD resulting from growth hormone injections in the UK, but this figure is likely to rise further because of the exceptionally long incubation period of the disease.

Of the seven patients who had the early signs of Alzheimer’s, four had severe deposits of amyloid-beta protein, three had moderate deposits and one had traces.

Dame Sally Davies, the Government’s Chief Medical Officer, played down the significance of the research yesterday saying that it was a small study on only eight samples.

The findings raise questions about some surgical procedures (AFP) The findings raise questions about some surgical procedures (AFP)
“There is no evidence that Alzheimer’s disease can be transmitted in humans, nor is there any evidence that Alzheimer’s disease can be transmitted through any medical procedure,” Dame Sally said.

“I can reassure people that the NHS has extremely stringent procedures in place to minimise infection risk from surgical equipment, and patients are very well protected,” she added.

John Hardy, professor of Neuroscience at UCL, said: “I think we can be relatively sure that it is possible to transmit amyloid pathology by the injection of human tissues which contain the amyloid of Alzheimer’s disease. Does it have implications for blood transfusions? Probably not, but this definitely deserves systematic epidemiological investigation.”

Doug Brown, director of research at the Alzheimer’s Society, said: “While these findings are interesting and warrant further investigation, there are too many unknowns in this small, observational study of eight brains to draw any conclusions about whether Alzheimer’s disease can be transmitted this way.

“Injections of growth hormone taken from human brains were stopped in the 1980s. There remains absolutely no evidence that Alzheimer’s disease is contagious or can be transmitted from person to person via any current medical procedures.”

What is a prion?

Alzheimer’s disease is now considered a “prion disease”. Prions, short for proteinaceous infectious particles, are misfolded proteins that carry the ability to trigger further proteins to misfold, leading to debilitating brain disorders, such as CJD in humans, BSE in cattle and scrapie in sheep.

Prions are unique in being an infectious agent without any genes, unlike viruses or bacteria. They are extremely tenacious, sticking to metal surfaces of surgical instruments and surviving the high temperatures and chemical agents that kill off infectious viruses and microbes.


Stanley Prusiner, of the University of California, coined the word prion in the early 1980s and his pioneering work on them led to a Nobel Prize in 1997.

Biografia de CÉSAR MAIA



Biografia de CÉSAR MAIA

Cesar Epitácio Maia nasceu em 18 de junho de 1945, em Copacabana, no atual Hospital São Lucas. Sua família era o modelo típico da classe média carioca dos anos 40 e 50. Os pais eram servidores públicos: Felinto Maia foi engenheiro e diretor da Casa da Moeda, tendo trabalhado com JK, e Dalila Ribeiro de Almeida Maia foi professora.

Morador da Tijuca com seus irmãos Eni, Kivia, Cláudio e Ana Maria, estudou no Instituto de Educação. Em 1956, mudou-se para um apartamento na Rua Jangadeiros, em Ipanema, comprado por Felinto Maia pela Caixa Econômica Federal. Estudou no Colégio Santo Inácio e, posteriormente, no Padre Antônio Vieira.

Prestou o serviço militar na tropa. Em seis meses de quartel, o soldado 230 passou a cabo e ganhou diploma de Honra ao Mérito por comportamento irrepreensível. Na seqüência, iniciou o curso de engenharia de mineração em Ouro Preto, onde começou sua carreira política.

Engajado na luta pela redemocratização do Brasil após o golpe de 1964, tornou-se militante do Partido Comunista Brasileiro, participando de congressos estudantis. Perseguido pela ditadura, exilou-se no Chile. Estudou na Escola de Economia da Universidade do Chile ao lado de outros exilados brasileiros como José Serra. Em 1969 casou-se com Mariangeles Ibarra e teve um casal de filhos gêmeos bivitelinos, Daniela e Rodrigo Maia, hoje deputado federal, que lhes deram seis netos: Joaquim Felipe, Betina, Cesar Antônio, Ana Luiza, Maria Beatriz e Maria Antônia.

Retornou ao Brasil em 1973, a partir de Portugal. Como havia processos pendentes na Justiça Militar, foi preso no aeroporto e levado para detenção no Batalhão de Guardas – onde hoje é a sede da Guarda Municipal da Prefeitura do Rio. Três meses depois o processo foi arquivado por falta de provas.

Começou trabalhando como economista na Klabin e professor de macroeconomia da Universidade Federal Fluminense. A partir daí, a volta à atividade política foi inevitável. Em 1981 ingressa no Partido Democrático Trabalhista e, no ano seguinte, participa da campanha de Leonel Brizola ao governo do estado do Rio de Janeiro.

Com a eleição de Brizola e sua nomeação como Secretário de Fazenda, Cesar Maia inicia sua trajetória de homem público. Sua gestão como secretário de fazenda foi marcada pelo saneamento das finanças do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Em 1986 é eleito deputado-constituinte.

E sendo reeleito em 1990.

Assina filiação com o PMDB em 1991 que o lança como candidato a prefeito da cidade do Rio de Janeiro com o apoio do Dr. Ulysses Guimarães.

Cesar Maia foi eleito prefeito da cidade após vencer a candidata Benedita da Silva no segundo turno. Sua administração começou marcada pelo lançamento de um novo tipo de pensamento administrativo focada em intervenções urbanas na cidade e na recuperação das posturas municipais: “Minha entrada coincidiu com o enfretamento de uma profunda crise urbana na cidade. Os governos anteriores tinham como marca registrada uma base populista. Abandonavam a cidade consolidada em nome das “prioridades sociais” de uma metrópole ocupada desordenadamente, principalmente em favelas. Passamos por um longo período em que os bairros centrais básicos do Rio de Janeiro praticamente não receberam uma intervenção relevante”.

Por conta disso foi alvo de diversas críticas. Sua popularidade foi recuperada no final do segundo ano de governo quando as obras como o Rio Cidade começaram a ganhar visibilidade. O apoio popular foi grande a ponto de Cesar Maia conseguir eleger seu sucessor e ser eleito novamente prefeito em 2000, desta vez pelo PTB, para uma administração marcada com sucesso pela intensificação dos programas anteriores e o lançamento de grandes equipamentos urbanos – elementos de competitividade e atratividade das grandes metrópoles do mundo.

Em outubro de 2004, a população manifestou sua aprovação à administração municipal e reelegeu Cesar Maia, pela terceira vez, numa histórica vitória no primeiro turno. Em seu terceiro mandato, Cesar Maia avança em seu projeto de renovação contínua para que importantes programas sociais, econômicos, esportivos e culturais possam ter seu tempo de amadurecimento. Em maio de 2005 completou 101 meses à frente da administração municipal e se tornou o governante a dirigir por mais tempo a Cidade. Seu objetivo, porém, é o mesmo de quando assumiu a Prefeitura pela primeira vez. “Nosso compromisso maior e mais profundo é chegar lá na frente e dizer: a vida do nosso povo melhorou”.

Seu terceiro mandato (2005 – 2008) foi marcado por grandes obras de equipamentos esportivos visando à realização dos Jogos Panamericanos e Parapanamericanos de 2007: Vilas Olímpicas, Estádio Olímpico João Havelange (o Engenhão); Parque Aquático Maria Lenk; Arena Rio e Velódromo.

Cesar Maia foi um dos primeiros políticos a explorar a internet como uma ferramenta de aproximação com os cidadãos, criando um canal permanente tanto com o morador da cidade como com os jornalistas da mídia carioca. Já em 2005, criou um blog com análises políticas que posteriormente transformou-se na hoje newsletter “Ex-blog do Cesar Maia” direcionada às pessoas que se inscrevem para recebê-la. Mantém ainda o site www.cesarmaia.com.br; está no Twitter, no Formspring e no Facebook.

Cesar Maia é dirigente do Democratas, representando o partido em assuntos da América do Sul e vice-presidente da União de Partidos Latinoamericanos (UPLA).


Cesar Maia foi eleito vereador no Rio de Janeiro, assumindo uma cadeira na Câmara de Vereadores a partir de 2013.